Algumas obras do PAS 2 para entender o racismo no Brasil

Olá, futuros calouros!! Tudo bem? Hoje vou destacar algumas obras do PAS 2 e relacioná-las com o tema mais recorrente dessa etapa: a formação da sociedade brasileira e o racismo que a constitui.

As primeiras obras apresentadas na matriz que se encaixam nessa temática são  Cota não é esmola (Bia Ferreira) e Inclassificáveis (Arnaldo Antunes, interpretada por Ney Matogrosso).

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Vamos falar primeiro sobre a música de Bia Ferreira. A cantora expõe as dificuldades enfrentadas pela população negra no Brasil e como estas interferem no acesso ao ensino superior. Reivindicando o direito à educação, a canção serve para que compreendamos como o caminho das pessoas negras — historicamente — possui mais obstáculos. Essa música é importante porque demonstra as consequências atuais da presença enraizada do racismo na formação da sociedade brasileira. Se a população negra precisa de cotas para tornar justo o processo de ingresso nas universidades, é porque durante o período pós-abolição não foram contemplados com políticas de inclusão na sociedade livre, foram discriminados socialmente e ocuparam compulsoriamente empregos precarizados, não tendo a oportunidade de ascenderem social e economicamente. 

Já Inclassificáveis expõe de forma poética a quantidade de povos que existem no Brasil devido à sua formação multicultural, indo contra o “mito das três raças”, o qual afirmava que o país foi formado por brancos, negros e indígenas. Podemos perceber isso no seguinte trecho:

 

Aqui somos mestiços, mulatos

Cafuzos, pardos, tapuias, tupinamboclos

Americarataís, yorubárbaros

Essa contestação do conceito de raça é importante — e agora fica ligado!! esse conteúdo costuma cair bastante no PAS — porque foi inicialmente formulado para justificar cientificamente a diferença que havia entre brancos, negros, indígenas, etc., tornando possível sua hierarquização (ou seja, existiam as raças “civilizadas”, e as “selvagens”). Quando se compreende a complexidade e variedade das culturas, esse discurso racista (que constitui nosso país) vai por água abaixo! Outra obra da matriz que trata sobre esse assunto é o vídeo Povos indígenas do Brasil.

Em seguida, temos a obra “A redenção de Cam”. Ainda pensando raça como um conceito socialmente construído e em suas finalidades políticas, a importância histórica desse quadro demonstra a forte projeção que as teorias raciais tiveram no Brasil dos séculos XIX e XX. 

Exemplos das teorias raciais são o darwinismo social e o positivismo, as quais foram cunhadas para validar o imperialismo, colocando o conceito de “raça” como algo hierarquizante. Um dos métodos utilizados era a medição de crânios (!). Essa imagem é de 1868, dos cientistas Nott e Gliddon, e demonstra um pouco desse raciocínio que agora entendemos como anticientífico e de forte viés dominador.

Internet: https://educador.brasilescola.uol.com.br/estrategias-ensino/as-hierarquias-raciais.htm

 

Essas teorias (de cunho eugenista) afirmavam que a miscigenação era um fator de degeneração, que causaria o atraso e a deterioração mental e física da população dos países. 

Por último, vamos falar do TEDx “Precisamos romper com os silêncios”, da filósofa Djamila Ribeiro. No vídeo, a estudiosa questiona a forma que a história e as narrativas próprias da população negra são silenciadas. A estudiosa menciona a “necessidade histórica por falar”, e a importância da pluralidade de narrativas para combater o racismo. Segundo Djamila, a possibilidade de expressão e questionamento tem potencial transformador por devolver a humanidade por tanto tempo negada à população negra.

Atualmente, o racismo estrutural se manifesta de diversas formas. Em 2020, o desemprego entre negros era 71% maior do que entre brancos, segundo o IBGE. Além disso, segundo pesquisa de 2018, os índices de feminicídio aumentam entre mulheres negras e indígenas enquanto diminui entre mulheres brancas. Há também desigualdades significativas no acesso à educação, saúde, segurança e moradia entre pessoas negras, indígenas e brancas.

Espero ter ajudado! Bons estudos!

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