Vale a pena chutar na prova do PAS UnB?

Olá, sou Tiago Henrique, faço Direito na UnB, e junto com uma equipe de alunos e ex-alunos da UnB fundei o Tudo sobre o PAS UnB, uma startup que fornece material didático e ferramentas de estudos para quem quer entrar na UnB por meio do PAS. E nesse post vou explicar o porquê eu acredito que chutar muitas vezes não é uma questão de escolha e sim uma questão de necessidade. Vamos lá:

Uma pergunta muito recorrente que os alunos fazem é se podem chutar na prova do PAS. Existem duas possíveis respostas para essa pergunta, a mais rápida, e baseada no senso comum, que é “não”, e a mais elaborada, baseada em algumas ponderações que precisam ser feitas quando se trata do CEBRASPE, que é “depende”. Vamos a cada uma delas.

A primeira e mais comum resposta sobre se deve chutar ou não na prova do PAS UnB é “não”. E não deixa de ser verdade, pois estamos falando de uma prova que, além de não dar pontos das questões erradas, tira pontos de outras quase toda vez que o aluno erra uma questão (quase toda vez porque os itens do tipo B e D não entram nessa regra). Então, se a meta do estudante é não perder nenhum ponto, ele não deve chutar. Simples. Assim, podemos dizer que basicamente o motivo principal dos alunos não quererem chutar é o medo de perderem pontos. E é compreensível, afinal ninguém quer errar e ainda perder os pontos conquistados.

Agora vamos para a segunda resposta possível, que é “depende de alguns fatores”. Vamos a eles.

  • Para responder essa pergunta, o aluno precisa necessariamente saber quanto quer tirar ou para qual curso quer passar. Isso vai ser crucial para saber se vale a pena ou não chutar. Tanto que se ele não souber responder essa pergunta, recomendo muito considerar o pior cenário possível, que é se colocar no lugar de alunos concorrendo nos cursos mais disputados, pois assim passará para qualquer um quando decidir. Por exemplo, se o aluno quer cursar medicina no sistema universal, ele precisaria tirar aproximadamente 65 pontos na nota final do Escore Bruta de cada etapa. Com a meta de no mínimo 65 pontos, teoricamente ele precisaria fazer somente 65 itens (simplificando e ignorando os outros tipos de itens da prova) e acertar todos. Simples, né? Não! O aluno vai errar alguns itens. É praticamente impossível fazer essa quantidade de itens e acertar absolutamente todos. Então, precisa entrar nessa conta uma margem de erro (essa margem de erro dá pra descobrir com simulados de provas anteriores). Vamos supor que a margem de erro seja de 10 itens errados por prova. Se ele fizer 65 itens e errar 10, a nota final dele será somente 45 pontos, pois ele perderia tanto os 10 pontos que errou e os outros 10 de penalização do CEBRASPE. Ou seja, o aluno errando 10 pontos, para ficar com 65, deveria ter feito no mínimo 85 itens, 20 a mais do que inicialmente. Nesse caso, se ele só tiver certeza do gabarito de 65 itens ele obrigatoriamente vai precisar se arriscar mais e, considerando sua margem de erro, fazer a quantidade de itens que ele acha que, mesmo errando, vai ficar com o saldo final positivo de 65 pontos. Esse mesmo raciocínio vale para cursos com uma concorrência, em que o aluno pode se dar ao luxo de, muitas vezes, não precisar se arriscar muito.
  • Outro ponto que precisamos comentar desse assunto é sobre o que efetivamente é chutar. Isso daria um post inteiro, mas, em rápidas palavras, para quem leva a sério fazer a prova do PAS, chutar não é fechar os olhos e marcar o gabarito. É preciso entender que a maior parte dos itens é de julgar certo ou errado, ou seja, o aluno tem necessariamente 50% de chance de acertar se fizer isso de olhos fechados, mas o que deve ser feito mesmo é procurar os itens em que se tem mais do que 50% de certeza que o item está de acordo com seu julgamento. Alguns itens vão ter 55% de chance, outros 60% e outros 90%. O que o aluno precisa fazer é procurar os itens em que ele acredita estar mais próximo da resposta e ignorar aqueles que ele nunca ouviu falar.
  • Além disso, é preciso ponderar o grau de preparação do estudante. Não adianta pensar em chutar ou não chutar se não tiver uma boa base de repertório para as questões que o aluno estiver indeciso. Inclusive, esse post não serve de absolutamente nada para alunos que não estão se preparando, a discussão sobre o chute é para quem se preocupa em tirar notas altas e não para quem não estuda e não está interessado. Portanto, antes de pensar se vale a pena ou não chutar, pense no quão preparado (a) você está e no quanto acima de 50% a sua certeza sobre o item está. Isso é importante.

Dessa forma, se você é um aluno que quer um curso de pouca concorrência, talvez não precise se arriscar muito, pois a prova do PAS penaliza muito quem tenta fazer algo que não tem certeza. Por outro lado, se você é um aluno que tem grandes ambições e no dia da prova tiver certeza sobre as respostas de uma quantidade pequena de itens (considerando a nota necessária e sua margem de erro) você vai precisar se arriscar. Não será uma questão de escolha, sim, de necessidade, pois o maior risco é sair da prova com uma nota abaixo daquela que você precisa para passar. Não adianta tirar nota boa, é preciso tirar a nota suficiente. Vai ser preciso fazer com que o desejo de ganhar seja maior do que o medo de perder. Portanto, antes de responder se vale a pena ou não chutar, se conheça e saiba aonde quer chegar.

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